quinta-feira, 17 de junho de 2010

Expressionismo Abstrato

 

O Expressionismo Abstrato foi um movimento que floresceu em Nova York a partir de 1940 e acabou exercendo forte influência sobre a Europa nas décadas de 50 e 60 desse século

     Foi o primeiro movimento que seguiu o caminho inverso do tradicional: em vez de seguir da Europa para a América, foi da América para a Europa.

     Entretanto, esse termo já era utilizado para alguns trabalhos de Kandinsky, em especial os do começo de sua carreira.

Anunciava o surgimento de uma arte "verdadeiramente norte-americana", com forte domínio do subconsciente

KANDINSKY (Vassili), pintor francês de origem russa (Moscou, 1866 – Neuilly-sur-Seine, 1944). Um dos iniciadores da pintura abstrata

 

Guiados pelo automatismo

     O automatismo, conceito forte em movimentos como o Surrealismo, aqui também encontra-se presente, principalmente na forma das Action Paintings) e tinha, entre seu principal expoente, Jackson Pollock.

AUTOMATISMO

s.m. Caráter do que é automático. / Falta de vontade própria. / Diz-se de uma atividade literária, em que o autor se deixa levar exclusivamente pelo subconsciente.

     As principais características do Expressionismo Abstrato eram a revolta contra a pintura tradicional, a liberdade e a espontaneidade.

     Quanto à espontaneidade, em especial, as Action Paintings de Pollock - outro nome pelo qual é conhecido o Expressionismo Abstrato, ou seja, um método de pintura que privilegiava a rapidez da execução, a espontaneidade "eruptiva" e condenava a premeditação - são bastante bem sucedidas.

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Esse método foi introduzido nos Estados Unidos principalmente pela presença de franceses surrealistas refugiados de guerra, em especial, André Masson que, apesar de surrealista, possuía divergências com o estilo de Breton.

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Métodos em nada
acadêmicos

     Jackson Pollock foi um dos artistas americanos mais influenciado por Masson, como atestam obras como "Esforço para Dormir".  O artista, entretanto, consegue imprimir sua própria leitura e estilo à herança surrealista francesa, como atesta "A Loba" (The She-Wolf).

     Ele também descarta as imagens fantásticas do grupo europeu, priorizando as abstrações. "Retrato e um Sonho", de 1953, é outra obra representativa do artista.

     Morto em acidente em 1956, Pollock é considerado um dos principais nomes da pintura norte-americana.

     Um dos aspectos mais curiosos ligados à sua personalidade era a maneira como realizava suas obras: estendia a tela no chão, utilizando-se de varas, facas, colheres de pedreiros, gotejamento de líquidos e até areia, com a finalidade de tornar-se parte integrante de sua obra e fazer com que "a vida" da pintura "viesse à tona" (daí o conceito de Action Painting).

O termo expressionismo abstrato, entretanto, acabou ainda sendo aplicado à obra de artistas como Willem de Kooning (nascido na Holanda) e Mark Rothko (nascido na Rússia).

     Nem o primeiro possui uma obra considerada totalmente abstrata, nem o segundo uma obra considerada expressionista (é menos agitada que a de seus colegas americanos, sendo chamada de color field painting e não de action painting).

     O Tachismo, ou a marca deixada pelo pincel, baseada na caligrafia oriental (em especial a chinesa), também teve grande influência sobre o Expressionismo Abstrato.

TACHISMO

s.m. Uma das tendências da pintura abstrata dos anos 50, caracterizada pela projeção de manchas e formas como que caligráficas, feitas com as bisnagas de tinta diretamente sobre o suporte do quadro (Mathieu, Degottex, Wols etc.).
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POP-ART

Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.
Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. 
Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.

Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.

ANDY WARHOL

Principais Artistas:

Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados.
Por volta de 1962, adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular.

 

 

Roy Lichtenstein (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.

 

 

Andy Warhol (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.
Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal

ANDY WARHOL

ANDY WARHOL

 

ANDY WARHOL