quinta-feira, 22 de abril de 2010

Futurismo

 

Os futuristas dão as boas-vindas à era moderna, aderindo com entusiasmo o uso da máquina. Para Giacomo Balla “é mais belo um ferro elétrico que uma escultura”. A intenção era de que as artes demolissem o passado e todo o resto que significasse tradição, e celebrassem a velocidade, a era mecânica, a eletricidade, o dinamismo e a guerra. Surgiu como uma forma de superar as novas tendências e correntes artísticas da época.
Como escrito no Manifesto de 1910, o uso da forma e da cor não era mais suficiente para representar o dinamismo moderno. A solução encontrada para demonstrar velocidade em objetos parados era a representação de animais ou humanos com múltiplos membros dispostos radialmente e em movimento triangular.

Umberto Boccioni, Elasticidade, 1912

O futurismo é a concretização da pesquisa no campo bidimensional.O estilo é expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. Os artistas futuristas não estão interessados em pintar um carro, mas captar a velocidade descrita por ele no espaço.


Com a Primeira Guerra e a morte de Boccioni, em 1916, o futurismo acabou se dissolvendo. Porém, deixaram grandes contribuições para a arte do Século XX e para artistas como: Marcel Duchamp e Robert Delaunay

Formas Únicas de Continuidade no Espaço, de Umberto Boccioni.

Movimento artístico e literário iniciado oficialmente em 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944), no jornal francês Le Figaro. O texto rejeita o moralismo e o passado, exalta a violência e propõe novo tipo de beleza, baseada na velocidade. O apego do futurismo ao novo é tão grande que chega a defender a destruição de museus e cidades antigas. Agressivo e extravagante, encara a guerra como forma de "higienizar" o mundo.
O futurismo produz mais manifestos - cerca de 30, de 1909 a 1916 - do que obras, embora esses textos também sejam considerados manifestações artísticas. Há grande repercussão principalmente na França e na Itália, onde muitos artistas, entre eles Marinetti, se identificam com o fascismo nascente. Após a I Guerra Mundial, o movimento entra em decadência, mas seu espírito influencia o dadá.

Pintura de Giacomo Balla.

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