terça-feira, 17 de agosto de 2010

IMPRESSIONISMO

 

O Impressionismo é um movimento artístico surgido na França no século XIX que criou uma nova visão conceitual da natureza utilizando pinceladas soltas dando ênfase na luz e no movimento. Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da luz e da natureza.

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    A arte alegre e vibrante dos impressionistas enche os olhos de cor e luz. A presença dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa transparecem nas imagens criadas pelos impressionistas.

    Os impressionistas retratam em suas telas os reflexos e efeitos que a luz do sol produz nas cores da natureza. A fonte das cores estava nos raios do sol. Uma mudança no ângulo destes raios implica na alteração de cores e tons. É comum um mesmo motivo ser retratado diversas vezes no mesmo local, porém com as variações causadas pela mudanças nas horas do dia e nas estações ao longo do ano.

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    O Impressionismo mostra a graciosidade das pinceladas, a intensidade das cores e a sensibilidade do artista, que em conjunto emocionam quem contempla suas obras.

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O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:

* A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.

* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.

* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.

* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.

* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

 

Principais artistas:

 

Claude Monet  - incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade.

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Claude Monet (1840-1926) fez parte do movimento impressionista na França, que teve início em 1874 com a primeira exposição do grupo no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar. A denominação Impressionismo foi dada a partir de uma declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela de Monet Impression du Soleil Levant (ver quadro  abaixo). O grupo ficou conhecido por realizar uma pintura ao ar livre, em frente ao motivo, numa nova concepção de pintura, de celebração dos espaços do mundo e da luz. Adotando um princípio dinâmico por excelência, o grupo também eliminou as referências mitológicas, religiosas e históricas para refletir a vida contemporânea e a nova Paris, as impressões momentâneas e fugazes de seu cotidiano.

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Pierre Auguste Renoir (França - 1841-1919)

Claude Monet Painting in His Garden at Argenteuil by Pierre-Auguste RenoirSem dúvida é um dos artistas mais conhecidos e apreciados. Por que isso? Talvez pela sua maneira de procurar sempre retratar o que é bonito e agradável e deixar os problemas e as coisa feias para o universo do mundo real. Para o seu mundo de artista Renoir levava unicamente o que lhe fazia bem aos olhos e a alma. Por isso é fácil gostar de sua arte: não precisa ser interpretada ou lida de modo intelectualizado e nem confrontada com princípios ou idéias. Sem ser revolucionário e sem radicalizar contra qualquer conceito, Renoir firmou-se por uma aceitação quase universal. renoir-grenouillere

A sua idéia não era exatamente retratar a realidade, mas a maneira como essa realidade lhe causava uma impressão no instante dado. Junto com outros, como Monet que era seu principal amigo, criou assim a escola impressionista, em Paris, no final do século XIX. (fonte do texto: www.cyberartes.com.br)

 

Edgar Degas - sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre.

Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados.

 

Camille Pissarro (1830-903)

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foi uma espécie de guru dos impressionistas. Participou de todas as exposições do grupo e influenciou Paul Cézanne (1839-1906) e Paul Gauguin (1848- 1903). Outros grandes nomes do movimento, como Claude Monet (1840-1926) e Alfred Sisley (1839-1899), freqüentaram sua casa de Éragny-sur-Epte, ao norte de Paris. Aluno do realista Camille Corot (1796- 1875) na juventude, Pissarro começou pintando paisagens e só mais tarde adicionou a presença humana a seus quadros. Ligado ao anarquismo, gostava de retratar trabalhadores.

 

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O tema pouco glamouroso e a rejeição da crítica ao impressionismo dificultaram a venda de suas obras. Por isso, passou dificuldades. Em 1885, aderiu ao pontilhismo, mas foi criticado e o deixou. É mais lembrado pelo belo uso da luz em sua fase impressionista.

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